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Foto de Andrea Piacquadio no Pexels |
No dia Internacional da Mulher tão importante quanto comemorar é examinar criticamente os desafios que elas enfrentam em vários contextos, neste caso o trânsito, e sobre como todos nós podemos colaborar para superá-los.
“- Bom dia, crianças! Hora de ir pra escola...” Para muitas famílias, o dia começa assim. São mães, tias e avós que contribuem decisivamente para o cumprimento da agenda familiar, tendo que, ao mesmo tempo, dar conta do trabalho dentro e fora de casa.
Um dia típico das mulheres pode ser bastante dinâmico e intenso. Desde deixar e pegar as crianças na escola, ir ao serviço até rodar toda a cidade para resolver problemas. Essa lista pode ser ainda mais extensa e desafiadora devido à baixa condição socioeconômica e à precarização do transporte público.
Como não bastasse, o preconceito em relação às mulheres também se expressa no trânsito. Frases negativas como 'mulher no volante, perigo constante' ou 'só podia ser uma mulher dirigindo' são comuns, infelizmente. Entretanto, não se fundamentam na realidade dos fatos. Estudos nacionais e internacionais indicam que a taxa de fatalidades e de lesões e o risco de sinistros com danos são todos mais altos para os homens. Em matéria de trânsito, as mulheres nos dão valiosa lição na escola da vida.
No transporte coletivo também existem desafios. Parcela das mulheres têm sido vítimas de importunações, o que coloca em risco sua segurança e dignidade. Existem dados indicando que 32% das mulheres afirmam ter passado por isso no Brasil. Em nossa cidade, Natal, uma pesquisa evidenciou que aproximadamente 67% das pessoas entrevistadas afirmaram ter presenciado e 59% ter sofrido algum tipo de assédio em transportes coletivos. As consequências dessas ações não devem tardar e é preciso construir uma nova realidade. As providências vão desde a informação e a educação nos diversos níveis da sociedade, passando pelas punições dos autores, chegando até a elaboração e a implementação de políticas públicas de mobilidade e segurança.
Busque conhecimento e não reproduza discursos preconceituosos. Oriente as crianças e promova a igualdade. Busque apoio das instituições e dê suporte à vítima. Ligue 180 para a Central de Atendimento à Mulher, um serviço gratuito e anônimo, 24h. Vamos nos unir pelo fim do preconceito e da violência contra as mulheres em todos os lugares e no trânsito.
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