15 junho, 2024

Volta às Aulas

Foto de Caleb Oquendo no Pexels

Comunicado da Escola (*)

Prezados pais e responsáveis,

O ano começou e é hora de replanejar a rotina das crianças, incluindo o trajeto de vocês rumo à escola. Preste atenção nas cinco dicas de segurança que nosso projeto de educação para o trânsito preparou:

1. Planeje sua rota e saia com antecedência, pois o trânsito geralmente fica mais intenso nesse período. Pedestres e motoristas devem redobrar os cuidados no entorno, além de considerarem as mudanças feitas pelo órgão de trânsito da nossa cidade.

2. Torne um hábito o uso correto do cinto de segurança, bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação, protegendo seus filhos e filhas e fortalecendo a cultura de segurança no trânsito. 

3. Quando estiver perto da escola, atenda às orientações tanto das placas de sinalização quanto da sinalização no asfalto, como as que indicam a presença de ciclovia, faixa de pedestre e o sentido correto da via, a fim de que não se interrompa, dificulte ou coloque em risco o desembarque e a passagem de veículos. 

4. Use o estacionamento ou estacione corretamente nas ruas próximas, evitando parar em fila dupla e parar em cima da calçada, da faixa de pedestre ou do acesso para pessoas com deficiência. É importante manter a coerência entre o que se ensina e o que se faz, educando seus filhos e filhas pelo exemplo. 

5. Privilegie os pedestres, especialmente as crianças, aguardando pacientemente sua travessia completa; afinal, a gentileza também é uma virtude que valorizamos na escola e queremos expandir além dos nossos muros. 

A paz no trânsito começa por você. 

A Escola.



Siga-me no Instagram: @fabiodecristopsi

Se gostou, compartilhe!


(*) Nota. Este texto foi originalmente preparado por mim para ser publicado pela escola dos meus filhos, em apoio ao projeto Mobilidade Segura no Lápis de Cor/Mov, implementado em 2023. Você pode acessar o vídeo no instagram. Curta, comente e compartilhe!

05 junho, 2024

Os Desafios da Mulher no Trânsito

Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

No 
dia Internacional da Mulher tão importante quanto comemorar é examinar criticamente os desafios que elas enfrentam em vários contextos, neste caso o trânsito, e sobre como todos nós podemos colaborar para superá-los.

“- Bom dia, crianças! Hora de ir pra escola...” Para muitas famílias, o dia começa assim. São mães, tias e avós que contribuem decisivamente para o cumprimento da agenda familiar, tendo que, ao mesmo tempo, dar conta do trabalho dentro e fora de casa.

 

Um dia típico das mulheres pode ser bastante dinâmico e intenso. Desde deixar e pegar as crianças na escola, ir ao serviço até rodar toda a cidade para resolver problemas. Essa lista pode ser ainda mais extensa e desafiadora devido à baixa condição socioeconômica e à precarização do transporte público.

 

Como não bastasse, o preconceito em relação às mulheres também se expressa no trânsito. Frases negativas como 'mulher no volante, perigo constante' ou 'só podia ser uma mulher dirigindo' são comuns, infelizmente. Entretanto, não se fundamentam na realidade dos fatos. Estudos nacionais e internacionais indicam que a taxa de fatalidades e de lesões e o risco de sinistros com danos são todos mais altos para os homens. Em matéria de trânsito, as mulheres nos dão valiosa lição na escola da vida.

 

No transporte coletivo também existem desafios. Parcela das mulheres têm sido vítimas de importunações, o que coloca em risco sua segurança e dignidade. Existem dados indicando que 32% das mulheres afirmam ter passado por isso no Brasil. Em nossa cidade, Natal, uma pesquisa evidenciou que aproximadamente 67% das pessoas entrevistadas afirmaram ter presenciado e 59% ter sofrido algum tipo de assédio em transportes coletivos. As consequências dessas ações não devem tardar e é preciso construir uma nova realidade. As providências vão desde a informação e a educação nos diversos níveis da sociedade, passando pelas punições dos autores, chegando até a elaboração e a implementação de políticas públicas de mobilidade e segurança.


Busque conhecimento e não reproduza discursos preconceituosos. Oriente as crianças e promova a igualdade. Busque apoio das instituições e dê suporte à vítima. Ligue 180 para a Central de Atendimento à Mulher, um serviço gratuito e anônimo, 24h. Vamos nos unir pelo fim do preconceito e da violência contra as mulheres em todos os lugares e no trânsito. 


Siga-me no Instagram: @fabiodecristopsi

Se gostou, compartilhe!

Escrito por Fábio de Cristo. Psicólogo (CRP 17-1296), pesquisador e professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Curso de Psicologia da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi.